A Matriz de Danos da Cáritas MG e os Modos de Vida dos Atingidos

A pesquisa proposta é uma continuidade da anterior em que se analisou a matriz de danos da Fundação Renova. Os resultados preliminares apontam para uma construção de modos de vida que desconsideram os referenciais sociais e antropológicos dos atingidos, forçando sobre eles uma situação de constante opressão, já que seus modos de vida originários são sistematicamente desconsiderados pela Fundação Renova. Tal desconsideração aparece nos documentos e princípios dos programas de indenização adotados pela FR, em especial na sua matriz de danos. Sua análise, ainda em andamento pela pesquisa aprovada no PIBIC/2020, aponta para a exclusão de várias formas de organização do trabalho, organização intrafamiliar e organização social ampliada, considerando-se a vizinhança. A matriz de danos da FR não lista e nem valora os danos morais, contém uma abordagem estritamente patrimonialista e inverte o ônus ao exigir dos atingidos a comprovação de suas perdas e danos.